domingo, 17 de março de 2013




Intervenções do Educador na 

Construção do conceito de números


Quando se fala em matemática a primeira coisa em que pensamos é a complexidade dos cálculos, ou seja, nas inúmeras possibilidades e combinações com os números, com isso chega a nos assustar não é mesmo?
E o que fazer quando nos tornamos educadores e temos a responsabilidade de transmitir esse conhecimento aos nossos alunos de uma forma mais simples e menos complexa, porém não menos eficaz? Qual seria a melhor maneira de ensinar o conceito dos números de uma forma mais simplificada?


As atuais propostas de ensino e aprendizagem pressupõem alunos criativos na construção do próprio saber (conhecimento), tornando-os capazes de interpretar, analisar, discutir, criar e ampliar suas ideias. O professor primeiramente tem que conhecer as condições socioculturais, os propósitos, as necessidades e a capacidade dos seus educandos, assim possibilitando aos mesmos a sua construção de conceitos. Neste momento o professor se torna um organizador da aprendizagem. Além do papel de ORGANIZADOR o professor atribui outros papéis tais como: CONSULTOR (fornece informações que não está ao alcance de seus alunos, apresenta materiais diversificados), MEDIADOR (orientador, gerar discussão sobre as respostas e processos de ensino, destacar as soluções mais apropriadas), CONTROLADOR (estabelecer condições e prazo para a realização de atividades) e por fim o INCENTIVADOR (acompanhar passo a passo o processo de aprendizagem, estimulando continuamente os alunos).


Primeiramente temos que passar o conhecimento numérico de maneira informal, depois o aluno compara a sua representação da sua maneira mediante o que lhe foi apresentado. A criança em si sabe a representação do número 1, 2, 3 etc, porém não sabe que quantidade cada um representa. Desse modo o conhecimento tem que ser transmitido com a realidade do aluno e com o seu momento sabendo que cada um tem um entendimento diferenciado do outro. A matemática tem que ser entendida, jamais decorada. Ela é um processo de paciência e de colocação, sendo simples e muito bem aplicada faz algo inovador para nossos pequenos. Uma metodologia diferenciada faz com que progredimos diariamente com os mesmos.


Conhecer os números brincando de uma forma lúdica inicia uma metodologia inovadora. Intervir nesse processo de um modo significativo e objetivo é de extrema importância para o desenvolvimento dos alunos. Partindo do pressuposto que a criança constrói um conceito por meio de experiência com objetos e da interação social, é importante que façamos a manipulação de materiais de contagem e discussões que antecedam a realização de atividades propriamente matemáticas. O intervir do mediador é extremamente necessário durante esse processo, pois é ele que vai efetuar a seleção de materiais didáticos apropriados a cada momento para que levem a uma abstração gradativa. A criança tem que se anteceder à escrita do número propriamente dito. Daí a necessidade da construção dos conceitos de classificação, seriação, inclusão, conservação e outros em uma matemática simplificada, dinâmica e significativa.


De acordo com Piaget (1979) entende-se o desenvolvimento como uma busca do equilíbrio superior,ou seja, um processo de equilibração constante. O desenvolvimento refere-se aos mecanismos gerais do ato de pensar: pertence à inteligência em seu mais amplo e completo sentido. Tudo que é característico da inteligência humana vem à tona, pelo processo do desenvolvimento. Já para o pensador Vygostsky (1988) a aprendizagem no ser humano ocorre naturalmente. O desejo de aprender, de descobrir e de ampliar o conhecimento e experiência, é intrínseco ao homem e ocorre sob condições apropriadas. Ele considera a aprendizagem como um processo social no qual os sujeitos constroem seus conhecimentos por meio da sua interação com o meio e com os outros, numa interrelação constante entre fatores internos e externos.


Desta forma é imprescindível que buscamos sempre inovar e aplicar o conteúdo aos educandos de uma maneira que todos possam aprender respeitando a sua capacidade de assimilar o que se é passado e o papel do mediador é sempre estar atento para o melhor entendimento do conteúdo transmitido.




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